O
primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta
quinta-feira que a aprovação da Palestina como Estado observador
pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) não
mudará a situação dos palestinos em relação ao Estado judaico.
O
chefe de governo ainda advertiu que a aprovação do pleito na
organização internacional afastará a possibilidade de obter um
Estado palestino. "A decisão da ONU não mudará nada no
terreno. Não vai fazer progredir a criação do Estado".
Netanyahu
destacou que o reconhecimento dos territórios palestinos como país
dependerá do reconhecimento de Israel como um Estado para o povo
judeu.
Segundo
ele, isso só acontecerá se forem dadas garantias reais de segurança
aos israelenses, que não estão no texto da resolução apresentada
à Assembleia Geral da ONU.
O
premiê também minimizou a votação, chamada por ele de "decisão
unilateral da ONU", e defendeu um processo de paz apenas entre o
governo de Israel e a Autoridade Nacional Palestina.
"Pouco
importa a quantidade dos que votarão contra nosso país, nenhum
poder no mundo pode me obrigar a fazer concessões sobre a segurança
de Israel".
Mais
cedo, o ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor
Lieberman, disse que os palestinos sairão perdendo se a ONU aprovar
o status de Estado observador na Assembleia Geral. "Esse
processo só aumenta as divergências e separa os dois povos de uma
solução", disse.
Os
palestinos dizem que recorreram à ONU porque Israel continua
ampliando os assentamentos em território ocupado e não está
interessado em negociar uma solução. Israel os acusa de violar os
acordos assinados com uma ação unilateral.
Desde
a entrada na ONU, em 1974, os palestinos são representados pela OLP
(Organização para Libertação da Palestina), que tinha o status de
entidade observadora. Agora, serão elevados a Estado observador.
O
novo status não significa o reconhecimento do Estado palestino. Pelo
direito internacional, o reconhecimento de Estados não se dá na
ONU, mas por outros países.
Agência
de Notícias Folha