O
termo Primavera
Árabe,
como o evento ficou conhecido, é uma alusão à
“Primavera de Praga” (momento de instabilidade sócio-política
que afetou a antiga Tchecoslováquia durante a época de sua ocupação
pela União Soviética nos anos de 1960). Embora, várias nações
afetadas não façam parte do "Mundo Árabe" e de ter se
iniciado durante o inverno do hemisfério norte, a nomenclatura chama atenção pelo fato de que os dois momentos históricos possuem causas em comum: a luta pela democracia e por melhores condições de vida da população.
Portanto, Primavera Árabe é o nome dado à onda de protestos, revoltas e
revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em
2011. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países,
provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A
população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto custo
dos alimentos e pede melhores condições de vida.
Países
envolvidos: Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmem e
Barein.
Ditaduras
derrubadas: A onde de protestos e revoltas já provocou a
queda de quatro governantes na região. Enquanto os ditadores da
Tunísia e do Egito deixaram o poder sem oferecer grande resistência,
Muammar Kadafi, da Líbia, foi morto por uma rebelião interna com
ação militar decisiva da Otan. No Iêmen, o presidente Saleh
resistiu às manifestações por vários meses, até transferir o
poder a um governo provisório.
Transição
para as novas democracias: Tunísia e Egito realizaram
eleições em 2011, vencidas por partidos islâmicos moderados. A
Tunísia é apontada como o país com as melhores chances de adotar
com sucesso um regime democrático. No Egito, os militares comandam o
conturbado processo de transição, e a população pede a sua saída
imediata do poder.
Geopolítica
árabe: Os Estados Unidos eram aliados de ditaduras árabes,
buscando garantir interesses geopolíticos e econômicos na região,
que abriga as maiores reservas de petróleo do planeta. A Primavera
Árabe põe em cheque a política externa de Washington para a
região. A Liga Árabe, liderada pela Arábia Saudita e pelo Catar,
assume um papel de destaque na mediação das crises e dos conflitos
provocados pela Primavera Árabe.
Por Prof. Adriano Costa.
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